sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

“Todo o poder ao coronel”

Muitas pessoas diriam que a Venezuela é um país muito democrático olhando para o número de plebiscitos realizados, mas é ai que se enganam isso não é nada mais que uma manobra política do Coronel-presidente Hugo Chávez, ele está utilizando instrumentos democráticos, com eleições e plebiscitos, para destruir a democracia. É um procedimento clássico de construção de ditaduras. Essa manobra já foi utilizada antes por Hitler, quando eleito chanceler com o voto de um terço dos alemães em 1933, ele lançou mão de plebiscito para dar legitimidade à sua ditadura sanguinária.

A cada plebiscito a Venezuela da um passo a mais à presidência vitalícia. No referendo de domingo 15, Chaves recebeu o direito de disputar eleições seguidas, sem limite. A próxima eleição será em 2012. Como o mandato presidencial da Venezuela é de seis anos, ele poderá ser reeleito e governar ate 2018, quando completará 20 anos de mandato.

O governo de Chávez é muito criticado pela oposição, como mostra essa frase “Nunca se usou tanto a máquina estatal como nas ultimas eleições”, disse a VEJA o venezuelano Luis Vicente León, se referindo a instrução que Chávez passou aos funcionários publico, para deixarem de lado suas funções para se dedicar a aprovação da emenda.

Desde que Chávez assumiu somente um índice significativo foi positivo, a diminuição da pobreza. Porém isso só foi possível devido a distribuição de dinheiro público aos pobres dispostos a mostrar lealdade ao coronel-presidente. Ele também criou 1 milhão de empregos públicos, boa parte deles destinado a as pessoas que prestam serviços nas milícias e organizações chavistas.

Além da diminuição da pobreza é difícil encontrar outro ponto positivo no governo de Chávez, e o pior é que se o dólar não aumentar a Venezuela poderá deixar de ganhar 71,4 bilhões em 2009 com a venda do barril de petróleo, assim ficará difícil manterá mesada aos pobres e os gastos excessivos na área militar. Se com dinheiro já é ruim, imagine sem.



Adaptado da revista VEJA de 25 de fevereiro de 2009.